Sim! Plus Size e linda!

Meus queridinhos.

 

O verão é uma época bastante cruel com as garotas Plus Size. O mundo acha que só gente magra, tamanho 34 (coincidentemente, o tamanho do manequim do esqueleto do laboratório de anatomia da facul...), sente calor. E o pior, só as magras podem usar roupas bonitas e frescas para enfrentar essa quentura do inferno!

São 'zários' modelos de shorts, bermudas, blusinhas, vestidos e etc. Sem falar na moda praia. E quanto a nós, mulheres GG (ou G³...)? O que fazem para nós, esse povinho da moda e confecções? Uns sacos de batata com furo pra botar a cabeça! Gorda (sim, gorda, sem “inha” pra tentar se desculpar de alguma coisa), passa calor com camisetas; bermudas comuns que simplesmente fizeram num tamanho maior, ou contenta-se em usar blusas grandes, com um corte horroroso; shorts que ficam esquisitos no corpo, dando a impressão de colocar São Paulo dentro de Apucarana (visite: Google e digite: Apucarana...)!

Há que se ter bom senso...

É bem verdade que a indústria da confecção de tamanhos Plus Size (GG, GGG, GGGG, etc...), está crescendo e muito, mas ainda fica muito aquém da real demanda desse nicho de consumidoras, que representa uma mina de ouro (qual mulher quer andar mal vestida por aí, por livre e espontânea vontade?). O grande problema (sempre ele...) é o preço disparatado desse tipo de roupas. Muito mais caro que a numeração tradicional (e antes que algum engraçadinho diga, não, não é pela quantidade de tecido que se usa...). Quando achamos preços acessíveis, o modelo é horrível, cafona, ultrapassado. Quando a roupa cai como uma dádiva do céu; corte impecável, tecido e estampa primorosos e você se sente poderosa, o preço te faz envergar a coluna, perder a postura e cair dura! O plano de comprar umas 7 peças pra incrementar o armário se esfumaça e vira 2, com dor na consciência e uma senhora dívida no cartão...

Foi embora o tempo em que mulher gorda tinha que andar feito marmota; moletom e camisetona, parecendo pedir desculpa por existir ou esperando que fosse acertada com um dardo de tranqulizante, tal como elefante que fugiu do circo. Não queremos nos contentar com qualquer trapo pra cobrir as gorduras, ou como dizem muito para nós: “disfarçar”. Sabiamente, minha irmã, uma lindíssima plus size disse: “Se for pra disfarçar alguma coisa, vou me vestir de Zorro, então!”. Queremos é valorizar nosso corpo, ressaltar o que devemos e temos de melhor, assim como as caveirinhas magras. Isso é regra para todos os tamanhos, sem distinção.

Queremos entrar numa loja e achar roupas bacanas, feitas pensando em nós, não réplicas de tamanho PP em escala maior. Nada que nos faça parecer ridículas, sem noção. Mas lindas e normais, como de fato somos. Quem não tem a capacidade de nos enxergar, admirar e respeitar além da numeração da roupa, além dos ponteiros da balança ou das dobrinhas (nesse caso, vale um “inha”) do nosso corpo, lamento profundamente... Há fortes indícios de que sua mente e sua alma estejam irremediavelmente impregnados por algo verdadeiramente feio, oculto sob um corpo dito “normal” e uma aparência socialmente aceitável. Isso é o que chamo “disfarçar”...

Tem algo de bizarro nessa foto? Uma linda Plus Size

Alguém "perfeito" se aventura a chamar uma mulher dessa de feia?

P.S: Não faço apologia à obesidade ou sobrepeso. Faço apologia ao pensamento/atitude do respeito; do pensar além de modismos ou estereótipos. Mas se a pessoa odeia e acha mulher gorda horrorosa, independente de qualquer coisa, aí vai um conselho: fique de boca fechada! Não queremos ouvir conselhos/comentários pejorativos, ok?

Sempre tem quem ache esse o padrão de beleza que deve vigorar... paciência.